terça-feira, 10 de agosto de 2010

A música na minha infância...

Adoro música. Desde pequena sempre fui muito musical. De natal (1972 + ou - ) pedi uma vitrolinha portátil. E ganhei! uma amarelinha, da Philips, com caixa de som embutida, que você ou ligava na tomada ou colocava pilhas, e eu a carregava pra cima e pra baixo, sem desgrudar-me dela. Ganhava pilhas de discos de vinil com minhas músicas preferidas (de 1972 a 1980 + ou -) : Jesus Cristo, do Roberto Carlos, Pombinha branca, Cadeira de rodas, Beijinho doce, Biquini de bolinha amarelinha, Banho de lua, Bilu tetéia, Xodó, Caminhando e cantando (Geraldo Vandre); tinha LPs do Jerry Adriani, Antonio Marcos, Agnaldo Rayol, Agnaldo Timóteo, Sidney Magal (todos estes tidos como bregas, mas eu curti muito...); Secos e Molhados, Abba, Supertramp, Vangelis (a música do cigarro Advance, lembra???...) Pink Floyd (nessa fase, eu já havia ganho um aparelho de som 3 em 1, chic, né?), temas de novelas como Estúpido Cupido, Água Viva, Pecado Capital, Te contei não? (eu era bem eclética, não?) ou historinhas clássicas de contos de fadas: "O gato de botas; O patinho feio; A gata borralheira; O macaco e a velha; Estrelinha azul; Soldadinho de chumbo; A bela adormecida e mais uma extensa lista de nomes...seja como for, através das músicas, das historinhas, criei meu mundo particular, onde eu podia sonhar, viajar, ser feliz, transpor muitas vezes situações difíceis da vida, como por exemplo, a passagem da infância para a adolescência. E essa fase da minha vida foi bem complicada. De uma vida com conforto, casa bonita, carros, empregada, viemos parar em São Paulo, com uma mão na frente outra atrás...deixei para trás amigos, minha grande família, minha avó, tios e primos que eu amava, minhas raízes, meus lugares preferidos (como cachoeiras e rios), meu namorado, a minha história...
Nunca cobrei nada dos meus pais, nem indaguei o que havia acontecido para tudo chegar até ali, como alguns parentes os cobravam...simplesmente aceitei a minha vida, como ela era...
Continuava feliz e sonhadora...
Como sempre estudei em escola particular em Campo Grande, fui trabalhar para poder continuar em uma escola também particular, aqui em São Paulo. Foi difícil, muito difícil a nossa vida aqui...meus pais não se reergueram mais e eu sinto hoje, que a partir dali comecei a tomar conta deles...
O fato é que, a música é importante. Muito importante. Alguém (inteligente) já dizia: "quem canta, os males espanta!"
Acredito que a música é um excelente remédio, uma terapia, uma cura para a alma...
No próximo post quero colocar aqui algumas das músicas consideradas as melhores de todos os tempos, grandes músicas e seus intérpretes inesquecíveis...









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