domingo, 3 de abril de 2011

Liberdade...Igualdade...Fraternidade...


Acho que nada nessa vida é por acaso, é somente destino...
Casei-me com um francês...descendente...Devienne...

Quando ouço uma música francesa, Piaf principalmente... é incrível como ela abre todas as portas e janelas da minha essência...aquela que vive buscando retornar à sua origem...à origem da "liberdade...à liberdade íntrinseca ao nosso ser"...sinto a minha alma solta...leve... totalmente desprendida... procurando asas para voar...como uma borboleta...como um pássaro...




Apesar de tudo o que trago interiorizado...pela criação...pela vivência...pelas experiências da vida, que nem sempre foram fáceis...estou sempre em busca de desnudar-me...sim...quero sentir o mundo de uma forma nua...simples...leve... mágica...encantadora...não quero amarrar-me a nada...velhos tabus...preconceitos...ódio...mágoa...raiva...tudo que leva à morte...



Quero só a vida...! a vida simples e pura como ela é...sim, porque somo nós, seres humanos que nos conflitamos e sofremos...


Sim, sou livre...porque perdôo...!

Sim, sou livre...porque amo...!

Sim, sou livre porque me perdôo e porque me amo...!

Sim, sou livre...porque um dia resolvi me soltar das amarras que me prendiam...estava atada a um tronco com todos os meus galhos agarrados a ele, como que se eu fosse morrer se um dia me soltasse dele...tolo engano...!!! era isso que estava me levando à morte...estava atada a todas as mágoas que pelas quais já passei, às iras, às incompreensões...às brigas...ao ódio...

Mas aquele dia...aquele dia eu resolvi me libertar...e em uma simples mentalização, onde me enxerguei me soltando daqueles galhos amarrados àquele tronco...naquele momento eu me desfazia de tudo o havia de ruim dentro de mim...me desnudei de todos os sentimentos impuros que nutriam a minha alma...me libertei...!

E assim, como num passe de mágica e encanto, passei a me sentir muito melhor...mais leve...mais pura...quase pude voar...com os anjos...com as borboletas...com os pássaros...



E o mais incrível veio depois...a cura de uma doença de seis anos...



Quero viver livre...sem pré-conceitos estabelecidos...cada dia quero aprender uma nova coisa...aprender com as pessoas....ouvi-las...quem sabe elas não estão certas, afinal quem foi que disse que o certo é o certo mesmo? e o errado é o errado mesmo? quem foi que disse que as bruxas são más...que os demônios existem...que a dualidade existe...? e se for tudo mentira...? neste ponto, "estou" uma niilista, não a de Dostoievsky (Deus está morto, então, tudo posso...), mas a do questionamento, a da razão de ser de tudo... talvez o niilismo-existencialista de Sartre...embora eu não concorde em tudo com ele...mas acho muito bom o questionamento de tudo o que até agora se acreditava...

Uma coisa eu já sei:...o mundo é bom, depende de quem o enxerga...o planeta terra é azul...e é lindo...maravilhoso...!



E eu já li em algum lugar espiritualista que o primeiro País que irá sumir do mundo é a França...pois eles já conseguiram atingir o máximo da evolução que um humano conseguirá chegar...

Talvez por isso eu sinta tanto essa sensação de liberdade... ao ouvir a França...Piaf...ao ler a França...Simone...ao sentir a frança...Monet...ao apreciar a beleza e inteligência da mulher francesa...Juliette...

Talvez alguns deles tenham sofrido...mas será que não aprenderam com a dor...? a última música de Piaf:


Não, Eu Não Me Arrependo de Nada (Non, Je Ne Regrette Rien)

PIAF - Um hino ao amor (última cena) Non, Je Ne Regrette Rien

Aqui você está assistindo o último show de Piaf (cena do filme)...sua última apresentação...
E logo depois ela morre...depois de ter uma vida de muito sofrimento...


Não, Eu Não Me Arrependo de Nada
Não! Nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal - isso tudo tanto faz! (5)

Não, nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Está pago, varrido, esquecido
Não me importa o passado! (2)

Com minhas lembranças
Acendi o fogo (3)
Minhas mágoas, meus prazeres
Não preciso mais deles!

Varridos os amores
E todos os seus temores (4)
Varridos para sempre
Recomeço do zero.

Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...!
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal, isso tudo tanto faz! (5)

Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...
Pois, minha vida, pois, minhas alegrias
Hoje, começam com você!


Um filme belíssimo, de sua vida...


Texto escrito por: Lizete Ferraz

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