segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pablo Neruda...


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Segundo, antes de começar a ler aperte o play para ouvir esta música, abaixo.
Você está prestes a ler um dos poemas mais lindos de Pablo Neruda, para mim...(entre tantos)...

Leia devagar, sentindo a música, que o levará a uma linda viagem pelas palavras encantadas...se quiser, leia várias vezes, junto com a música...cada vez voce irá sentir mais...se encantar mais...se emocionar mais...isto é "viver"...


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Nos Bosques, Perdido

Nos bosques, perdido, cortei um ramo escuro
E aos lábios, sedento, levante seu sussurro:
era talvez a voz da chuva chorando,
um sino quebrado ou um coração partido.
Algo que de tão longe me parecia
oculto gravemente, coberto pela terra,
um grito ensurdecido por imensos outonos,
pela entreaberta e úmida treva das folhas.
Porém ali, despertando dos sonhos do bosque,
o ramo de avelã cantou sob minha boca
E seu odor errante subiu para o meu entendimento
como se, repentinamente, estivessem me procurando as raízes
que abandonei, a terra perdida com minha infância,
e parei ferido pelo aroma errante.
Não o quero, amada.
Para que nada nos prenda
para que não nos una nada.
Nem a palavra que perfumou tua boca
nem o que não disseram as palavras.
Nem a festa de amor que não tivemos
nem teus soluços junto à janela...



Neftalí Ricardo Reyes, conhecido como Pablo Neruda. Poeta chileno (Parral 1904 - Santiago 1973).
Cônsul no Chile, na Espanha e no México; eleito senador em 1945 no Chile; foi embaixador na França (1970). Suas poesias da primeira fase são inspiradas por uma angústia altamente romântica. Passou por uma fase surrealista. Tornou-se marxista e revolucionário, sendo, primeiramente, a voz angustiada da República Espanhola e, depois, das revoluções latino-americanas.

Esteve no Brasil em diversas oportunidades, e, em uma delas, declamou poemas seus perante grande massa popular, concentrada no estádio do Pacaembu, em São Paulo.

Obras principais: A canção da festa (1921), Crepusculário (1923), Vinte poemas de amor e uma canção desesperada (1924), Tentativa do homem infinito (1925), Residência na terra [vol. I, 1931; vol.II, 1935; vol.III,1939, que inclui Espanha no coração (1936-1937)], Ode a Stalingrado (1942), Terceira residência (1947), Canto geral (1950), Odes elementares (1954), Navegações e retornos (1959), Canção de gesta (1960), ensaios (Memorial da ilha negra, 1964) e a peça teatral Esplendor e morte de Joaquín Murieta (1967).
Em 1974, foi publlicado o volume autobiográfico Confesso que vivi (Prêmio Nobel de Literatura, 1971).

Leia...leia muito Pablo...ele é maravilhoso...
Beijos...!

Imagem: Pinterest

6 comentários:

chica disse...

É realmente MARAVILHOSO! beijos,linda semana,tudo de bom,chica

Blog Luz por Roberta Maia disse...

Que momento mágico!!! A música, as palavras poéticas desse grande homem,Pablo Neruda é maravilhoso!!!

Admiro demais!!!

Obrigada por este momento!!!
Tenha uma Linda Semana!!!
Paz e Luz!!!

POR CARLOS EDUARDO DEVIENNE FERRAZ disse...

O filme O CARTEIRO E O POETA retrata bem Dom Pablo, um gênio da literatura, um poeta inigualável. Liz, parabéns... este POST é um presente a todos que visitam seu blog...

Uma maravilhosa semana para todos nós!

bjs

PEPE

maria neusa guadalupe disse...

Lizete: amo esse poeta ..uma das maiores emoções da minha vida foi conhecer sua casa em Val Paraíso....me sentei no banco ,no jardim,perto de sua imagem e me deixei levar pela emoção...no casamento civil do meu filho mais velho, escolhi dois poemas e meu filho leu pra minha norinha e ela leu pra ele...foi emocionante tb...isso ao som de tangos que meu filho caçula e banda tocavam..aiaiia...boas lembranças...obrigada por tê-las inspirado....boa semana pra vc...beijos enregelados mas felizes.

Beth/Lilás disse...

Oi, Cerejinha Liz!
Que bom, então agora voltarás com mais assiduidade, né?!
Neruda é o máximo, a gente fica completamente enternecido lendo seus poemas e fiquei também feliz em ter conhecido sua moradia em Valparaíso quando lá estive agora.
São pessoas assim que marcam nossas vidas e nos acompanham nos momentos felizes.
um grande abraço, carioca

Menina no Sotão disse...

Primeiro: adorei a imagem. Segundo. Amo Pablo Neruda e o jeito como ele fala do amor, parece água da chuva escorrendo pela vidraça. ai ai ai
Terceiro: finalmente encontrei o exemplar do livro. Agora se você for de São Paulo podemos marcar um local e eu te entrego pessoalmente, caso contrário, envio pelo correio, é só enviar seu endereço para o meu e-mail. Como dizia aquele antigo programa "você decide". rs

bacio