sexta-feira, 17 de junho de 2011

De olho na Globalização...e seus efeitos... (Parte I )





Eu estava lendo uma matéria muito interessante  aqui, no Blog "Luz de Luma", com o tema "Comunicação de massa - você se deixa manipular?",  que aliás é um blog interessante e inteligente que vale à pena visitarmos, com ótimas matérias escritas pela Luma Rosa.
E como eu dizia, lendo a sua matéria, resolvi dar um  pitaco e uma olhadela sobre o tema. Eu acredito que tudo é uma faca de dois gumes. Tem os prós e os contras. Que ninguém há de negar que quando o nosso "querido e amado" presidente (com p minúsculo para ele) da República, Fernando Collor de Mello, resolveu adotar e abrir o nosso país para a tal da globalização, foi bom, foi. Lembram-se das carroças que eram os nossos carros? (ele falava assim); o que falar de tantos outros produtos industrializados aqui dentro e que eram umas verdadeiras "porcarias"? e isto, a concorrência externa fez. As nossas indústrias sentindo que não tinham mais como fugir, ou avançavam ou morriam, resolveram ir à luta e brigar pelo seu espaço, como um leão feroz a marcar seu território. E quem saiu ganhando nessa? é claro, o povo. Será mesmo? ainda não sei. Meu liquidificador e ferro duram no máximo 1 ano. Fato. Todo ano é ferro e liquidificador novo. Fato. Será que melhorou tanto assim?  mas o que mais se levantou mesmo e se abriu como debates pelo mundo, principalmente na ala catedrática, foi o medo da massificação, que levaria à descaracterização e eliminação da identidade própria  da cultura de cada povo. O que seria desta? será que a humanidade estava fadada a virar um grande batalhão fardado, com a visão, opinião, pensamento e raciocínio enquadrados em um caixote, ou como uma galinha, com um círculo marcado em volta de si, com  inércia de movimentos e a ilusão de que não poderia nunca mais sair dali?  viraríamos galinhas ou uma legião de soldados a marchar, sei lá pra onde, ou ainda, para onde "eles"  comandassem? também não sei. Ou sei.
O fato é que a era da globalização tornava-se inevitável. E aí está. Ponto. E junto com ela chega também, com toda força, a era da Tecnologia: computadores,  celulares, internet, tv via satélite, etc.,  em tempo real. Ou seja, aconteceu lá, já sabemos aqui. Lança-se um produto lá, amanhã já está aqui. Isto possibilitou mais ainda a interação entre os povos de todo o mundo. Por exemplo, abri este blog há 2 meses, e 18 países já se comunicaram comigo. No meu outro blog já recebi emails da França, Polônia, Canadá, Japão, China, Finlândia, Noruega, Suíça e vários dos Estados Unidos. O mundo tornou-se pequeno e podemos nos comunicar em segundos com o outro lado do mundo.  Isto é graças à globalização, através também da tecnologia. Eu posso comprar um produto importado, por exemplo,  pelo Ebay ou Amazon e recebê-lo em casa: roupas, sapatos, livros, etc. Meus filhos fazem muito isso. É a era da globalização.
Agora, quanto à massificação, acredito muito que vem de cada um. Eu, por exemplo, me considero uma pessoa difícil de ir pela "onda", mesmo aquela onda que a mídia prepara para que entre sem você perceber, através até do inconsciente. Aparece alguém na novela da 21:00h tomando coca-cola. Dá vontade de tomar também?  aliás, a nossa mídia é extremamente cara-de-pau. Não faz cerimônia. Aparece lá logo uma personagem saindo do "Boticário" com uma baita de uma sacola  na mão, com o nome da loja enorme estampado e aparecendo. Ou então, tirando dinheiro no Caixa eletrônico de "tal" banco, e comentando que ele é o máximo do máximo dos bancos. Haha!! é demais!! ou ainda, entrar em uma lanchonete previamente preparada com cores (vermelho e amarelo, no caso) que comandam seu cérebro, inconscientemente, a sentir mais fome; a não ser quando eu estava grávida (que é a era dos desejos incontroláveis), este tipo de merchandise nunca funcionou comigo. Não sei se a educação ajudou. Meu pai é estrangeiro, seu corpo é todo cicatrizado por balas,  porque lutava com toda a ferocidade do seu idealismo juvenil contra a Ditadura de seu país. E eu cresci com ele me ensinando a raciocinar e a pensar. E ele amava politica. Levava, a mim e ao meu irmão, em todos os comícios da cidade, na época eleitoral. Era um poeta e cantor. Até hoje, quando recita um poema, ele nos arrepia. Quando jovem ainda, fui militante de um partido e era extremamente idealista. Lutava e brigava pelos meus pensamentos e pelo que eu acreditava. É lógico que um dia me decepcionei. E não me meti mais em política. 

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